Foi bispo de Cuiabá de 1877 a 1910, sucedendo José Antônio dos
Reis, e também cônego,
monsenhor e vigário. Foi o primeiro arcebispo da arquidiocese de
Cuiabá, quando da
elevação desta a arquidiocese, em 10 de março de 1910.
D.Carlos Luiz D’Amour tinha por objetivo a
reestruturação da Igreja Católica no âmbito do modelo normatizado pelo Concílio
de Trento. Modelo este, que passou a ser denominado pelos estudiosos da Igreja
Católica como Ultramontanismo.
Neste prisma, as ações administrativas eclesiásticas de
D. Carlos frente à Diocese/ Arquidiocese de Cuiabá, primeiramente buscavam cega
obediência à hierarquia e às normas prescritas pela legislação canônica, pelo
clero e pela população civil. Visando
alcançar êxito em seu projeto, D. Carlos utilizou-se de sua imagem, como
representante da Igreja Católica em Mato Grosso, para consolidar junto à
população a sua figura de um “pai”, passando a esta a idéia da proximidade de sua
pessoa frente aos problemas vivenciados pela população.
Outro tópico de preocupação do bispo D. Carlos
encontrava-se na família, vista por ele, como o “sustentáculo da sociedade”.
D. Carlos nunca desistiu de combater o que ele
considerava os “males da sociedade”. Pelas dificuldades inerentes da região e,
principalmente, pelas mudanças dos costumes ensejadas pelos novos tempos, suas
ações podem ser consideradas de poucos resultados, não retirando, do referido
Bispo, fortes traços ultramontanos. Mas frente as resistências e
especificidades da região podemos dizer que o projeto de D. Carlos obteve um
sucesso parcial.